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Negligência? Família de mulher e bebê mortos após parto acusam hospital de Arapiraca

Inquérito foi instaurado para investigar as circunstâncias do procedimento cirúrgico

Arapiraca, 3 de maio de 2025



A família de Daniele Lima Silva, de 36 anos, e da bebê dela que morreram após um parto realizado no Hospital Regional de Arapiraca, no Agreste de Alagoas, denunciam descaso no atendimento médico. A Polícia Civil investiga o caso.


Eliane Cristina, irmã de Daniele disse que ela estava "amando a gravidez" e que não teve nenhum problema durante o pré-natal. "Ela tinha comprado tudo, as fraldas, fizeram chá de fralda, as roupas, ganhou o berço, comprou cômoda. O quarto estava bem decorado, esperando por ela, porque era a primeira filha", disse.


Mas, no dia do parto uma prima de Daniele disse que a neném nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço, roxa e não chorou.

"Na terceira contração, a Dani fez bastante força e a bebê nasceu. Quando a bebê nasceu, ela [a enfermeira] pegou a bebê e eu vi. A bebê estava com um cordão umbilical, assim, no pescoço. Ela pegou a bebê, pôs em cima da Dani. A Dani já estava aérea. Eu acho que a Dani nem viu a menina. E quando ela pôs a menina em cima da Dani, que eu ia pegar o celular, ela falou que não podia tirar foto. Levou a bebê para dentro e foi dar assistência a ela", explicou Vitória Cristina, prima de Daniele.


Duas mortes mostram que o caso não é simples. A prima disse que após as complicações do parto, que aconteceu na quarta-feira (30), Daniele passou mal. A paciente só teria sido transferida para a UTI horas depois.


O Hospital Regional de Arapiraca informou que o caso é extremamente complexo e envolveu vários problemas como pré-eclâmpsia grave e ruptura de hematoma no fígado, o que causou uma hemorragia irreversível. A unidade de saúde afirmou ainda que lamenta o caso e que não houve negligência, mas sim uma sucessão de complicações graves e raras.


A Polícia Civil de Alagoas iniciou uma investigação para apurar as circunstâncias das mortes para identificar se houve falha ou negligência médica durante o procedimento cirúrgico.


"Ao tomarmos conhecimento acerca da morte de uma mulher de 36 anos e seu bebê durante o trabalho de parto em um hospital aqui na cidade de Arapiraca, iniciamos imediatamente as investigações para apurar as circunstâncias desse fato e uma possível negligência médica que tenha ocorrido durante esse procedimento cirúrgico", afirmou o delegado Matheus Enrique.

 

 
 
 

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