Anderson Feijão dentro e fora de campo: conheça mais sobre o artilheiro do ASA e xodó da torcida
- ehdearapiraca.com.br
- 13 de fev. de 2022
- 3 min de leitura
Anderson Aires da Silva, 30, é gaúcho da cidade de São Leopoldo. Começou no futebol na base do Aimoré-RS e, logo aos 16 anos, foi para Porto Alegre, onde também foi da base do Internacional. No time Colorado, ficou pouco tempo após ter sido prejudicado pelo empresário dele à época. Anderson Feijão, como é conhecido no futebol, herdou o apelido do pai, que também jogou futebol e morreu quando o agora atacante do ASA tinha somente 17 anos, em um acidente de carro. Com seis gols vestindo a camisa Alvinegra e muito carisma, Feijão já conquistou a torcida do ASA e diz que vive o melhor momento dele no futebol.
Blog - Você está surpreso com o que tem acontecido com você em Arapiraca dentro e fora de campo?
Anderson Feijão - Cara, é o meu melhor momento no futebol sim e, por mais que a gente tenha confiança, começar a temporada fazendo seis gols e tendo o carinho da torcida como eu tenho recebido, realmente é algo bastente gratificante.
Blog - De crianças a adultos, os torcedores do ASA já te tratam como um ídolo. Como você se sente? No último jogo, você foi o último a descer para o vestiário, tirando foto com eles...
Anderson Feijão - Dar atenção aos torcedores, crianças, adultos é o mínimo que posso fazer para retribuir o enorme carinho que eles têm me dado. Quando atuei no Caxias, de vez em quando me paravam para uma foto. Aqui, já fizeram música para mim e quando ando na cidade, muitos buzinam nos carros, motos, pedem para tirar foto, interagem com minhas redes sociais etc. Não sei se sou ídolo ou como será, mas estou muito feliz e espero poder seguir retribuindo com gols dentro de campo.
Blog - Na imprensa, fala-se bastante também sobre sua boa articulação em entrevistas, que sai do geral dos jogadores quando são entrevistados.
Anderson Feijão - Quando comecei a jogar futebol, infelizmente tive que optar entre seguir como jogador ou estudar. Como não dava para conciliar, estudei somente até o 1° ano do agora Ensino Médio. Mas, por outro lado, eu busquei fazer cursos como de inglês, ler um pouco e estar antenado nas coisas que acontecem ao meu redor. Creio que tudo isso também me ajuda a me comunicar com mais clareza.
Blog - Por falar em coisas fora do futebol, quais os temas que te chamam a atenção?
Anderson Feijão - Meu bem maior é minha família. Sou casado com a Patrícia, temos dois filhos, a Melanny, de 9 anos, e o Theo, de 4. Então, tudo que aconteça no mundo e possa afetar o bem-estar deles me preocupa. Converso muito com minha esposa sobre educação sexual dos nossos filhos porque sabemos que há muito perigo nesse sentido em toda parte. De forma mais ampla, tenho acompanhado o noticiário sobre as tensões na Ucrânia, até porque uma guerra, mesmo distante, afeta de alguma forma as populações do mundo todo.
Blog - Ainda sobre família, foi destaque na imprensa o bonito gol que você marcou na vitória sobre o Murici, quando você chorou e ofereceu para sua avó, que havia morrido há uma hora antes daquele jogo. Como foi aquela situação?
Anderson Feijão - Foi um dia difícil, de tristeza, mas que também se transformou em um dia especial. Contra o Murici, foi a primeira vez que eu pedi a Deus para me dar a chance de fazer um gol. Pouco mais de uma hora antes da partida, fiquei sabendo da morte da minha avó, uma pessoa muito importante na minha vida e de toda nossa família. Contei para meus companheiros que daquele bonito gol, eu só lembrava a hora que o Xande foi para a linha de fundo e cruzou. Depois dali, só recobrei a consciência quando eu já estava chorando, agradecendo e homenageando minha avó. Foi muito profundo.
Blog - Vamos finalizar com você falando sobre seu contrato no ASA e seu futuro no clube?
Anderson Feijão - Sim. Tenho contrato com o ASA até novembro. Estou muito feliz aqui, o time é competitivo e não é meu desejo, hoje, sair daqui para um time de Série B. Eu quero chegar à Série B com o ASA.
Crédito imagem: Ascom/ASA






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