Aos 63 anos, corredora arapiraquense vira referência e participa pela segunda vez da São Silvestre

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Ela já viveu de música como cantora e também foi radialista. É mãe, tia e avó. Quando pensou que já havia feito quase tudo que queria na vida, aos 60 descobriu, fortuitamente, a corrida de rua. Agora aos 63, perto de completar os 64 anos de idade, Maria do Carmo Cruz da Hora, a Carminha, participa pela segunda vez da 96a Corrida de São Silvestre, em São Paulo.

São 15km que ela tem por meta fazê-los em 1h e 12min. Carminha participa na categoria Premium feminina, cuja largada está prevista para às 8h, do dia 31.

De família composta por músicos, dois irmãos e dois filhos, colecionar mais de 200 provas e 59 pódiuns na carreira não a seduzem mais que o orgulho que ela tem de ter virado uma referência.

"Na minha idade, com tudo isso que já fiz em três anos de corrida, o melhor para mim é que quando estou correndo, muita gente olha para mim, não só em Arapiraca, mas em muitos lugares e dizem: se ela, aos 63 anos de idade pode correr, por que eu não também não posso? Isso me deixa muito orgulhosa, conta Carminha que inspirou filho, nora e netas a saírem do sedentarismo e enveredar pela corrida de rua.

Começo na corrida

A história de Carminha nas corrida começa quando uma de suas noras, proprietária de escola particular em Arapiraca, organizou uma uma corrida de rua e a convidou a participar, mas no grupo de caminhada.

"Mas quando vi aquela quantidade de gente correndo, aquilo me contagiou de uma maneira que até hoje não sei explicar. Acabei correndo os 9km da prova logo de cara", conta a arapiraquense que largou a vida profissional de música e radialista para se dedicar às corridas.

Seguindo o padrão de muita gente mundo afora, Carminha era sedentária. Mas a partir daquela corrida inicial, a vida dela passou a ser treinos, viagens, corridas e pódiuns.

Com 15 dias depois da primeira prova, participou da Corrida do Dias dos Pais e já subi ao pódium. Depois dali, na faixa dela, acima de 60 anos, já correu em Belo Horizonte, Brasília, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Gramado e está inscrita para provas fora do país como Argentina e Chicago, nos EUA, que foram canceladas por conta da pandemia e ainda estão sem novas datas para serem realizadas.

Correr com orientação

Empolgada e sem recursos financeiros sobrando para os cuidados com o corpo, Carminha virou uma espécie de autodidata das corridas de rua, até que surgiu uma lesão.

"Já havia sido orientada a fazer, mas era tudo caro e acabei testando os meus limites, mas aí chegou uma hora que tive de procurar ajuda médica, e a primeira foi com a excelente nutricionista Renata Marinho, que hoje me patrocina. Para quem quer correr, caminhar ou fazer qualquer atividade física o ideal é ter acompanhamento médico", alerta a corredora.

Patrocínios

Hoje, além de Renata Marinho, Carminha conta com apoios importantes para correr como a Prefeitura de Arapiraca, o Grupo Coringa, Cross 828, Colégio Sagrada Família, Farmácia Nacional, Equilíbrio Clínica Especialista, Líder Distribuidora, A2 Representações e Top Styllus Academia.