Caso Felca: adolescente é apreendido em Arapiraca por ameaças e participação em grupos virtuais violentos
- ehdearapiraca.com.br
- 28 de ago.
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Arapiraca, 28 de agosto de 2025

Um adolescente de 16 anos foi apreendido nesta quinta-feira (28), em Arapiraca, após ameaçar uma psicóloga que participou de um vídeo do influenciador Felca sobre a adultização de crianças. A internação provisória foi determinada pela Justiça, que apontou o envolvimento do jovem em comunidades digitais ligadas a crimes e à disseminação de conteúdos de ódio.
De acordo com as investigações, a conta do adolescente no TikTok estava vinculada a um e-mail criado por ele e a um telefone registrado no nome da mãe. Também foram identificados outros seis endereços eletrônicos associados ao jovem, usados para acessar diferentes grupos virtuais.
A Polícia Civil afirma que ele participava de comunidades chamadas “Country” e “Parabellum”, nas quais circulavam materiais de exploração sexual de menores, incentivo à automutilação, ameaças, apologia ao nazismo, além de práticas como estupro virtual e doxxing (exposição de dados pessoais de vítimas para intimidação).
As apurações ainda indicam que o adolescente seria administrador do grupo “N.O.A.”, conhecido por planejar ataques contra pessoas em situação de rua.
Na decisão, o juiz responsável ressaltou a gravidade dos fatos e a necessidade da internação para proteger a investigação e evitar novos crimes.
“A liberdade do adolescente neste momento pode comprometer a colheita de provas e a segurança da apuração. A conduta atribuída revela gravidade concreta, com múltiplas vítimas e um modus operandi que exige pronta atuação estatal”, destacou.
Projeto contra adultização
O caso ocorre um dia após o Senado aprovar um projeto de lei que estabelece regras para combater a adultização de crianças e adolescentes no ambiente digital. A proposta, que já havia passado pela Câmara, segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre as medidas, está a obrigação de que contas de menores em redes sociais sejam vinculadas a um responsável e que conteúdos abusivos direcionados a esse público sejam removidos pelas plataformas.




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