Morte de frentista: delegado diz que indícios são robustos e inquérito não deve ser prorrogado

"Os indícios colhidos sobre o crime são robustos e inicialmente não haverá necessidade de prorrogação de prazo do inquérito. Provavelmente, até o fim da próxima semana concluiremos o trabalho e o remeteremos ao Poder Judiciário". A declaração foi dada, ao blog, pelo delegado titular da Delegacia de Homicídios de Arapiraca (DHA), Felipe Caldas.

De acordo com o Código de Processo Penal (CPP), o prazo para conclusão de inquérito policial com acusado solto é de 30 dias. Identificado apenas como Edivaldo, o acusado assassinou o frentista David Wesley Rodrigues Santos, 24, no último dia 23 de dezembro, em posto de combustíveis do bairro Outro Perto, em Arapiraca.

Em 30 de dezembro, uma semana após o crime bárbaro e covarde, Edvaldo se apresentou na DHA e prestou depoimento. Como forma de tentar justificar o crime, o assassino alegou que atriou em David Wesley por ter sido chamado por ele de "macaco"

Testemunhas que estavam no posto na hora do crime, porém, disseram que momentos antes de matar David Wesley, Edvaldo havia discutido com a vítima que, na condição de funcionário do estabelecimento, teria o cobrado Edivaldo ter jogado latas de cervejas pelo chão do posto. Irritado, mas de forma fria, Edvaldo foi ao carro, pegou uma arma e atirou em Wesley, que morreu na hora.

Após prestar depoimento e ter fugido ao flagrante, Edvaldo foi liberado e responde, até o fechamento desta matéria, ao inquérito policial em liberdade. Questionado pelo blog, o delegado disse que não pode dar mais detalhes sobre conteúdo do interrogatório, suposto histórico anterior de crimes de Edivaldo e nada que possa atrapalhar a investigação.

"Não havia mais flagrante quando ele se apresentou, aproximadamente uma semana após o crime. Caso o Poder Judiciário expeça mandado de prisão preventiva, daremos cumprimento. Mas retornaram hoje (dia 3) do recesso", declarou o delegado Felipe Caldas.

Câmeras de segurança

Quando fala em indícios colhidos serem robustos, o delegado se refere ao fato de que imagens de camêras de segurança mostram o exato momento em que Edvaldo vai ao carro, pega a arma, um revólver 38, dá alguns passos em direção a David Wesleyne atira no frentista que, baleado, ainda tenta se proteger por trás de um refrigerador.