Presa dentista acusada de aplicar produto que necrosou glúteos de mulheres em Arapiraca
- ehdearapiraca.com.br
- 24 de out.
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Conselho já havia cassado registro por prática irregular
Arapiraca, 24 de outubro de 2025
A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) prendeu, na noite dessa quinta-feira (23), a dentista que aplicava ilegalmente silicone industrial em pacientes durante procedimentos de harmonização corporal. Duas mulheres de Arapiraca estão entre as vítimas com lesões graves.

A profissional atuava no município de Arapiraca, e já tinha sido suspensa, no início deste mês, pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO-AL) pela prática irregular.
Uma fiscalização realizada pelo CRO-AL apontou que a profissional ofertava a atividade proibida e, pelo menos, duas mulheres sofreram necrose nos glúteos após as aplicações, precisando ser internadas e passar por cirurgias reparadoras.
A profissional, cujo nome é mantido em sigilo, também está respondendo a um processo ético-disciplinar no CRO-AL, conforme prevê a legislação vigente.
Uma das vítimas contou que conheceu os serviços da dentista através nas redes sociais e, como a profissional mora no mesmo município que ela, em Murici, decidiu realizar o procedimento no final do mês de agosto. Segundo a vítima, identificada como Alexandra Gomes, 10 dias após o procedimento, as dores tiveram início.

Ela contou também que, ao avisar que iria procurar um hospital, a dentista teria dito que usou silicone no lugar de polimetilmetacrilato, o PMMA. Para Alexandra, se ela tivesse utilizado o material correto, os problemas não teriam acontecido.
“Na minha visão, se ela tivesse colocado, talvez, o que eu paguei (polimetilmetacrilato, utilizado nesses procedimentos estéticos), não tivesse dado errado. Mas ela colocou silicone, de limpar carro”, comentou a paciente.
O delegado Edberg Sobral confirmou que além de duas vítimas em Arapiraca, há registros de uma em Lagoa da Canoa e uma em Murici. "Fica o alerta para essas mulheres que buscam esse melhoramento estéticos, que busquem profissionais qualificados e verifiquem o produto", destacou o responsável pela investigação.




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